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Moda plus size, linda e + consciente

Atualizado: 24 de jun. de 2020

Durante um longo tempo na história, a beleza era definida por seios fartos, quadris largos e a gordura era vista como sinônimo de fartura e bem aventurança. Musas de grandes artistas, as mulheres gordas eram exaltadas por sua beleza, vestiam-se com roupas dos melhores tecidos, criadas especialmente para suas formas e medidas.

Com o tempo, o padrão de beleza mudou e para ser bonita era preciso ser magra, alta e esguia. Ser gorda se tornou algo que precisávamos esconder, ou de preferência não ser. Falar essa palavra, então, de jeito nenhum! O que é pra ser apenas um adjetivo se tornou uma ofensa!

Eu nasci numa família italiana daquelas que tudo se comemora em volta da mesa. Meu passatempo afetivo era ficar observando, na beira do fogão, minha avó preparar a macarronada especial (era sempre especial) aos domingos pra família reunida. Preparar o alimento era mais que nutrir o corpo, era nutrir a alma. Sempre fui uma mulher acima do peso “ideal”.

Passei parte da minha infância ouvindo gracinhas e me escondendo na adolescência. Nesse período, fiz todas as maluquices possíveis e imagináveis para emagrecer: sopas, dietas, exercícios exagerados, promessa... TUDO! Até emagrecia, mas claro que sem respeitar meu biotipo natural, eu sempre acabava engordando de novo. Com a chegada da maturidade, aprendi a respeitar meu corpo e admirá-lo. Mas parte dessa aceitação veio quando comecei a encontrar outras mulheres passando pelos mesmos dilemas, e fomos chamadas de “plus size” e fomos vistas.

Há 25 anos, como se vestiam as “gordinhas”? (Gordinha, pra deixar menos gorda, acreditava-se rs). As mulheres com as quais eu convivia, quase todas acima do peso, se contentavam em vestir aquilo que o mercado oferecia. Os guarda-roupas eram basicamente compostos por peças pretas, marrons, azuis marinho (porque cores escuras “emagrecem”), camisas e camisetas amplas, legging, calças jeans de cortes retos que pudessem esconder todos os “defeitos”. Quando queria algo diferente, colorido, que descrevesse sua personalidade, a saída era recorrer às costureiras (nessa caso, eu tive sorte, pois minha avó era uma das boas). Então víamos nas revistas peças lindas para mulheres magras, e as talentosas costureiras precisavam dar conta de adaptá-las para os corpos volumosos.

Com o tempo, fomos despertando e percebemos que muitas de nós estavam sufocadas dentro de roupas que não nos representava, escondendo nossas curvas e nossa beleza! Começou a se desenvolver um mercado que respeitava o corpo das mulheres como únicos, respeitando suas formas, seu estilo e valorizando nossa silhueta ao invés de nos esconder. A moda começava a entender que todos e todas deveriam ser vistos, independente do tamanho de roupa que vestiam!



Hoje temos um mercado bastante aquecido, com uma variedade enorme de opções para escolher, desde modelagem, tamanhos e tecidos! E, no ímpeto de ter tudo que não conseguíamos ter há alguns anos, as roupas, para nós plus size, também se acumularam nos armários!

A moda de maneira geral, lenta mas contundentemente, tem se voltado as questões ambientais, produzindo de forma melhor e orientando os consumidores para melhores práticas. Todos sabemos quão agressivo é o setor da moda para o planeta.

Por isso, quero te convidar para conhecer nosso Clube de Trocas Online! Já temos uma linda variedade de peças, e claro, nós plus size estamos presentes, conquistamos nosso espaço também estamos colaborando para uma moda consciente e sustentável. Consumirmos de maneira crítica e consciente nos torna responsáveis por diminuir os impactos que temos sobre o planeta.


A moda sustentável tem que ser para todos, acessível, possível e democrática, vamos juntos?

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